TRAGÉDIE
direcção de Olivier Dubois
19 MAIO, 2018 | SALA PRINCIPAL
O conceito de humanidade está no centro de Tragédie, a peça que Olivier Dubois faz circular pelo Mundo desde 2012, depois de a ter dado a conhecer no Festival d’Avignon. No seu entender, “o objectivo de Tragédie é fazer surgir, de forma instintiva e corporal, aquilo que poderia ser uma humanidade imaterial ou filosófica“. Para isso, apoiou-se na estrutura da tragédia grega e num grupo de dezoito intérpretes que sobem ao palco completamente nus. A razão é simples: “Este pressuposto permite lembrar que a primeira lição, tratando-se de humanidade, é anatómica. Estes são corpos dignos, proprietários das suas histórias individuais, da história do seu género, mas também da humanidade que criam quando se reúnem“.
As diferenças etárias, físicas e vivenciais transformam-se, assim, em importantes mais-valias – e a verdade é que Tragédie tem merecido, ao longo dos anos, aplausos entusiastas por parte da crítica especializada. No Libération, Marie-Christine Vernay foi contundente: “Os intérpretes saem do espectáculo como de um cataclismo, sem se aperceberem do que acabam de oferecer“.
Olivier Dubois (n. 1972) estreou-se como bailarino profissional aos 23 anos, trabalhando durante doze anos sob a direcção de coreógrafos como Karine Saporta, Angelin Preljocaj, Jan Fabre ou Sasha Waltz. Em 2007, na sequência do sucesso obtido com o solo Pour tout l’or du monde (2006), apostou numa carreira como coreógrafo e fundou a Compagnie Olivier Dubois (hoje designada Ballet du Nord Olivier Dubois). Foi distinguido, nesse ano, com o Prix du Syndicat Français de la Critique e, em 2011, foi considerado um dos 25 melhores bailarinos do Mundo pela revista Dance Europe.
Compagnie Olivier Dubois
Sábado às 21h30
SALA PRINCIPAL | M/16 | Duração: 1h30
Interpretação Steven Berg, Benjamin Bertrand, Mathieu Calmelet, Marie-Laure Caradec, Jacquelyn Elder, Virginie Garcia, Karine Girard, Inés Hernández, Steven Hervouet, Aimée Lagrange, Sébastien Ledig, Thierry Micouin, Kouadri Mohamed, Jorge More Calderon, Aurélie Mouilhade, Loren Palmer, Sébastien Perrault, Sandra Savin
Assistência à criação Cyril Accorsi
Música François Caffenne
Luz Patrick Riou
Direcção de cena François Michaudel
Operação de luz Emmanuel Gary