Esta peça é uma metáfora do próprio teatro, sendo-nos apresentadas três personagens que vivem por procuração, a ponto de um deles viver a dialogar com duas figuras mudas, no palco: manequins privados de palavra e de corpo, presenças físicas ilusórias, que se alimentam das projecções resultantes de uma capacidade de confronto, seja com que realidade for. Estas três personagens – quase irrisórias, quase patéticas – estabelecem as suas relações neste desajustamento com o real, servindo-se uns dos outros, e de quem cruza as suas vidas, para inventar uma vida que não vivem. Como um escriba de elogios funerários que (re)inventa a vida dos mortos para devolvê-la aos vivos. Miguel-Pedro Quadrios
Estreia no Teatro Municipal de Almada a 15 de Abril de 2009
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