CONTIGO

um espectáculo de Rui Horta e João Paulo P. Dos Santos | Companhia O ÚLTIMO MOMENTO

10 MAIO, 2008 | SALA PRINCIPAL

Dois artistas portugueses, João P. dos Santos, acrobata de mastro chinês, e Rui Horta, coreógrafo, unem as suas experiências e influências para criar um espectáculo singular, Contigo: uma representação onde encontram a sua própria linguagem. O espectáculo apresenta-nos as diferentes noções que os artistas têm dos corpos e objectos. Num espaço vazio, preenchido apenas por um mastro chinês e um corpo, João faz explodir a sua raiva e virtuosidade entre o céu e a terra, mostrando também a prostração e a solidão do artista.

“O meu objectivo não passa forçosamente por ser ou não ser um dançarino, mas conseguir atingir uma harmonia com o mastro chinês e o meu corpo.”
João Paulo P. Dos Santos

O HOMEM E O SEU MASTRO
“Um homem, face a um obstáculo: um mastro que se eleva orgulhosamente na sua tranquila eminência. O artista avalia-o, aproxima-se e experimenta-o. E ainda assim, acaba por o enfrentar. Corpo a corpo, sem rede. Levanta-se, enrola-se, escorrega, e é vencido pelo êxtase da vertigem, pela excitação da queda. Analisa muito bem o objecto, repete os seus gestos até se sentir verdadeiramente confiante. Em Contigo, João Paulo Pereira dos Santos, acrobata com uma presença tecnicamente virtuosa, revela a experiência adquirida nas artes circenses: a rigidez do esforço, a virtude obstinada da repetição, a lenta aprendizagem dos aparelhos de ginástica. O movimento, coreografado numa traiçoeira agilidade por Rui Horta, dá a esta luta a sensibilidade bruta de um duelo amoroso”.
Gwénola DAVID, Danser, nº257

“João Paulo Pereira dos Santos não é um dançarino, mas acrobata de mastro chinês. Com o báculo de Rui Horta, ele cria uma relação nova com este objecto perigoso. Junta ainda uma cadeira, uma pedra e um pau de chuva e estabelece um verdadeiro diálogo. Fascinante e vertiginoso.”
Jean-Marie WYNANTS, Le Soir – 25/07/2006

” Todos os Verões, o Sujet à Vif inverte os papéis (um intérprete escolhe um autor) e faz respirar a dança, propondo formas nascidas desse encontro privilegiado. Como prova desse trabalho, em 2006 foram várias as personalidades que levaram para a dança algo de único, por vezes mais forte do que a técnica colectiva. João Paulo Pereira Dos Santos, acrobata de Mastro Chinês, desenha, entre o céu e a terra, as frases coreográficas de Rui Horta”
Isabelle DANTO, Le Figaro, 19/7/06.

João Paulo P. Dos Santos
Artista de circo do mastro chinês, formou-se no Chapitô, na escola de circo de Lisboa. (1996 – 1999), e na escola de artes do circo Rosny (1999 – 2001). Faz parte do colectivo de artistas le Cheptel Aleïkoum, trabalhando especialmente com Rolland Shön, Philippe Genty e Félix Ruckert. Em 2005, criou com o músico Guillaume Dutrieux o seu primeiro espectáculo, intitulado (peut-être).

Rui Horta
Bailarino e coreógrafo português, começou a dançar no Ballet da Gulbenkian e trabalhou durante oito anos em Nova Iorque. Actualmente, é considerado o pioneiro da dança contemporânea portuguesa. Em 1991, criou a Companhia de dança S.O.A.P onde produziu seis espectáculos. Entre 1997 e 2000, colaborou com a Munich Muffathalle e a Maison de la culture de Bourges. Actualmente, dirige o centro de pesquisas multidisciplinar de Montemor-o-Novo.

Intérprete João Paulo P. Dos Santos
Figurinos Paulo P. Dos Santos
Música original Tiago Cerqueira, Victor Joaquim

SALA PRINCIPAL
10 MAIO
Duração 40 minutos

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