
Peter Stein, Declan Donnellan, Batsheva e estreias em teatro e dança no Festival de Almada
O Festival de Almada recebe este ano 20 espetáculos nacionais e internacionais, distribuídos por nove palcos, que incluem propostas dos encenadores Peter Stein e Declan Donnellan, da companhia Batsheva, e duas estreias nacionais, numa edição que homenageia João Mota.
in SAPO MAG 16 Junho 2023 | notícia online
A apresentação da programação da 40.ª edição do Festival de Almada, que decorre entre 4 e 18 de julho, foi feita hoje e revelou que, para celebrar a efeméride, vão ser apresentados “alguns dos mais destacados criadores e companhias nacionais e internacionais”.
Entre os 20 espetáculos de teatro, dança e novo circo previstos, dos quais oito portugueses e doze estrangeiros, contam-se criações dirigidas por alguns encenadores já conhecidos do Festival, como é o caso do alemão Peter Stein, e do inglês Declan Donnellan, que abordam dois textos basilares da dramaturgia universal: “O aniversário”, de Harold Pinter, com Maddalena Crippa no elenco; e “A vida é sonho”, de Calderón de la Barca, numa produção da Compañía Nacional de Teatro Clásico.
De regresso está também a Schaubühne de Berlim, desta vez com uma encenação do suíço Milo Rau, revelam os programadores, adiantando que este ano se apresentam, pela primeira vez no festival, a Batsheva Dance Company, com uma peça do seu coreógrafo residente, o israelita Ohad Naharin, bem como os coreógrafos Martin Zimmermann e Yoann Bourgeois (da Suíça e de França, respetivamente), e o coletivo francês Galactik Ensemble.
A Schaubühne, que já foi dirigida por Peter Stein, traz desta vez uma criação em que o teatro dialoga com o vídeo, numa interpretação a cargo de Ursina Lardi, uma das mais aclamadas atrizes do elenco da companhia alemã, a ser apresentada no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, como a companhia avançou em março, à agência Lusa.
A Batsheva Dance Company, de Telavive, detentora de um ensemble numeroso, que conta com mais de quarenta bailarinos originários não só de Israel, mas de vários pontos do mundo, apresentará no Grande Auditório do CCB a mais recente criação de Ohad Naharin, seu coreógrafo residente há 20 anos.
Os coreógrafos Yoann Bourgeois e Martin Zimmermann inscrevem-se na disciplina artística conhecida como ‘novo circo’, “mas que na verdade é difícil de catalogar”, porque cruza teatro com a dança, a música e a acrobacia, em espetáculos de “forte componente visual”, segundo a organização.