Quarta estreia da CTA e novas Conversas
A Companhia de Teatro de Almada estreia na sexta-feira dia 29, a sua 182ª produção, é a quarta estreia, em 2022. Com O misantropo, de Martin Crimp, vêm também novas Conversas com o Público, que têm início logo no dia seguinte, às 18h, no foyer do TMJB.
As próximas Conversas, com Curadoria e moderação de Madalena Alfaia, são subordinadas ao tema geral De que te servem as virtudes se não consegues apreciar o vício devido.
Serão quatro Conversas, sempre aos sábados, às 18h, no foyer do TMJB, que acompanharão toda a carreira da peça.
A conversa de sábado, dia 30 de Abril, tem como convidados, a escritora e dramaturgista, Luísa Costa Gomes, e o encenador da peça, Nuno Carinhas. O mote desta conversa é: «Fale de maneira que eu entenda monsieur, | ou dou cabo de si»: refazer textos clássicos.
Luísa Costa Gomes é ficcionista, dramaturga, dramaturgista, argumentista, tradutora. Foi editora da revista Ficções. Orientou oficinas de Escrita, bem como oficinas de Teatro e Ficção Breve na pós-graduação em Artes da Escrita (UNL). Vários dos seus livros de ficção receberam prémios literários: Pequeno Mundo; Olhos Verdes; Contos Outra Vez; Ilusão (Ou o Que Quiserem); Cláudio e Constantino. A sua mais recente colectânea de contos, Afastar-se (2021), foi distinguida com o Prémio Literário Casino da Póvoa. No teatro, escreveu quase duas dezenas de peças (e um libreto) e fez a dramaturgia de pelo menos outras tantas, de Shakespeare e Alfred Jarry a Gertrude Stein e Virginia Woolf.
Nuno Carinhas é pintor, cenógrafo, figurinista e encenador. Dirigiu o Teatro Nacional São João (2009-2018). Foi aluno de Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, e as suas criações teatrais são marcadas por uma relação plástica com o texto. Encenou obras de Calderón de la Barca, Corneille, Tchékhov, Beckett, Gil Vicente, Sófocles, Heiner Müller, Lorca, Brian Friel, Jean Cocteau, Henri Michaux, Pirandello, entre muitos outros. Em 2020, dirigiu Viagem de Inverno, de Elfriede Jelinek, para a Companhia de Teatro de Almada. O seu teatro, de feição contemporânea, gosta da disrupção, dos desafios da linguagem e de demonstrar que a verdade, quando existe, nunca é unívoca.
Aceda aqui ao programa completo das Conversas com o Público, a propósito do espectáculo O misantropo.
in CTA 24 Abr 2022