Novo Teatro Municipal em pleno só no próximo ano
Quatro anos volvidos sobre o lançamento da primeira pedra, é hoje inaugurado pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, o novíssimo Teatro Municipal de Almada, propriedade da autarquia local cuja gestão será assegurada pela Companhia de Teatro de Almada (CTA). Todavia, o complexo só em 2006 estará a funcionar em pleno.
O atraso é justificado pela Câmara Municipal de Almada (CMA) e CTA com a necessidade prévia de testar os novos equipamentos de cena e definir os moldes do contrato de gestão do espaço e a planificação da temporada de espectáculos.
Amanhã, a abertura ao público far-se-á com a última representação do Festival Internacional de Teatro de Almada.
DEZ MILHÕES DE INVESTIMENTO
Representando um investimento público camarário e governamental de dez milhões de euros que engloba obras de construção e equipamento a nova coqueluche da cidade foi projectada pelos arquitectos Graça Dias e Egas Vieira dupla que concebeu o edifício do Pavilhão de Portugal na Expo 92, em Sevilha e está preparada para receber espectáculos de dança, ópera, música e teatro, bem como exposições.
Possui uma sala principal com 446 lugares e uma boca de palco com cerca de 30 metros de altura, o que faz dela a segunda maior do País a seguir à do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e o maior elevador de palco de Portugal.
Dispõe ainda de áreas para sala experimental, sala de ensaios, café-concertos, livraria, ludoteca, sala de vídeo, cafetaria e alojamento para encenador e/ou cenógrafo estrangeiro convidado.
A cerimónia de inauguração oficial inicia-se hoje, às 16h30, na presença de Jorge Sampaio e do Secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho. Para além do Presidente da República, haverá intervenções de Joaquim Benite, director da CTA, e Maria Emília de Sousa, presidente da CMA.
Quanto a entretenimento, será apresentado um recital de poesia de Cesário Verde e, no exterior, um espectáculo de circo a cargo de um grupo de artistas do Chapitô. Os vários espaços do piso de entrada serão animados pela Brass Band.
Resta acrescentar que o público que queira comparecer poderá circular no espaço que inclui o piso da entrada, a sala experimental, a livraria e o ateliê para a infância. Hoje, a entrada é livre.
F.V.B. com Lusa
in Correio da Manhã, 17 jul 2005