29 espectáculos fazem a ponte entre 9 países

Festival de Teatro de Almada 2003

in Diário de Notícias, 4 jul 2003

Silicone não, espectáculo de Jacinto Lucas Pires (texto) e Paulo Ribeiro (coreografia), marca, esta noite, o arranque da 20.ª edição do Festival de Almada. Ao contrário do que costuma ser hábito, o espectáculo de honra (o mais votado pelo público no ano passado), Shylock, de Gareth Arm-strong, chega ao Palco Grande de Almada apenas ao quarto dia de festival, na segunda-feira. Trata-se de um espectáculo da Vania Productions (Espanha) encenado por Luca Valentino, que tem como ponto de partida a famosa personagem de O Mercador de Veneza de Shakespeare.

Nestes primeiros dias, o festival acolhe ainda Seis Personagens em Busca de Autor, de Luigi Pirandello, pela Compagnie Théâtre des Millesfontaines (França), com encenação de Emmanuel Demarcy-Mota (amanhã, no Centro Cultural de Belém, apresentação única) e Les Aveugles Fantasmagorie Technologique, de Maurice Maeterlink, pela Ubu, Compagnie de Création (Canadá), com encenação de Denis Marleau (de amanhã até dia 10 na Incrível Almadense).

Outros destaques desta primeira semana de festival: a companhia belga Stan apresenta Tout est calme de Thomas Bernhard (dias 11 e 12, no Fórum Romeu Correia); o Théâtre National de Toulouse (França) traz Combate negro e de cães, de Koltès, numa encenação de Jacques Nichet; e a Compagnia Scimone Sframeli (Itália) mostra A Festa de Spiro Scimone com encenação de Gianfrelice Imparato (com a particularidade do autor ser um dos intérpretes).

Mas o mais aguardado momento desta edição do festival dirigido por Joaquim Benite acontece apenas na próxima semana: duas produções do Teatro Stabile del Veneto (Itália), com encenação de Beno Besson. O encenador suíço, que foi um dos mais próximos colaboradores de Bertolt Brecht, traz O amor das três laranjas, adaptação de Carlo Gozzi para um texto de Sanguinetti (dias 13 e 14 no CCB) e O Círculo de Giz Caucasiano de Brecht (dias 16 e 17 também no CCB).

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