MARZÏA

marzïa: a cor da água, a sua transparência, o barulho das ondas, o seu ritmo, o seu tumulto, a luminosidade dos seixos, dos bancos de conchas, o cheiro das plantas nas dunas, das algas que secam na praia, o sal nos nossos lábios, o chuvisco do rebentar das ondas, o vento nos cabelos, a sua frescura na pele, o calor do sol no rosto, o sol a cintilar na água sempre em movimento, a sombra de uma nuvem que passa, a linha curva do horizonte, os gritos das gaivotas. E um cais deserto, ao longo do rio, e no fim do fim do cais, um hotel-restaurante desactivado. E Márcia, e Nuno, e Álvaro e Luís.

Karin Serres é uma relevante dramaturga francesa contemporânea. Escreveu mais de 50 textos para teatro, que já foram representados e editados em diversas línguas. É também cenógrafa e encenadora. Escreveu marzïa em 2007, no quadro do projecto «Partir en écriture» promovido pelo Théâtre de la Tête Noire. marzïa, escrito entre Lisboa e Cacilhas, tem agora em Almada a sua estreia mundial.

José Martins iniciou a sua actividade teatral em 1971, tendo sido com Joaquim Benite um dos fundadores do então Grupo de Campolide. Encenador, actor e director de actores em televisão, criou diversos projectos teatrais: o Teatro da Malaposta, o Teatro do Noroeste e as Comédias do Minho. Encenou mais de 40 peças. Foi o primeiro encenador português, no final da década de noventa, a criar textos de Jean-Luc Lagarce: Estava em casa e esperava que a chuva viesse (1998) e Regras da arte de bem-viver na sociedade moderna (1999).

Tradução Alexandra Moreira de SILVA
Cenário e figurinos Karin SERRES
Luz José Carlos NASCIMENTO
Intérpretes Alberto QUARESMA, Ana BORGES, Daniel FIALHO, João FARRAIA
Peça escrita com o apoio do Théâtre de La Tête Noire (Saran, França) e traduzida com o apoio de Beaumarchais-SACD

ESTREIA ABSOLUTA

11 a 23 JANEIRO, 2011 | SALA EXPERIMENTAL