REINAR DEPOIS DE MORRER

Texto de Luis Vélez de Guevara | Encenação de Ignacio García

COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA e COMPAÑIA NACIONAL DE TEATRO CLÁSICO

Reinar depois de morrer, da autoria de Luis Vélez de Guevara e escrita em 1635, é uma peça do siglo de oro espanhol com temática portuguesa — o mito de D. Pedro e Inês de Castro. Na sua abordagem a esta tragédia ibérica o autor inspirou-se e combinou ambas as línguas e sensibilidades — a saudade portuguesa e a crueza castelhana —, criando um milagre teatral com uma força imensa, que culmina na cena necrófaga e aterradora do cadáver reinante, metáfora barroca e símbolo de uma justiça tardia e estéril. A Companhia de Teatro de Almada repõe, com um novo elenco, uma criação estreada em 2019 que resultou de uma co-produção com a Compañia Nacional de Teatro Clásico. Reinar depois de morrer integrou a Mostra Espanha desse ano e subiu à cena no ano seguinte, em Madrid, com um elenco espanhol. Às récitas em Almada e no Porto, no Teatro Nacional São João, assistiram mais de 5.000 espectadores. Este espectáculo valeu a José Manuel Castanheira o Prémio Autores para Melhor Cenografia, e a Ignacio García o Prémio de Melhor Encenação, atribuído pela Associação de Encenadores de Espanha.

O encenador Ignacio García é programador do Festival Dramafest (dedicado à dramaturgia contemporânea, que decorre na Cidade do México) e director do Festival Internacional de Teatro Clássico de Almagro. Grande divulgador do reportório do siglo de oro, divide-se entre os textos clássicos e os contemporâneos. Para a Companhia de Teatro de Almada encenou também, em 2017, História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, e Nem come nem deixa comer, uma versão de O cão do hortelão, de Lope de Vega.

Silêncio, silêncio! Ouvi:
Esta é a Inês laureada
esta é a rainha infeliz
que mereceu em Portugal
reinar depois de morrer.

Excerto de Reinar depois de morrer, de Luis de Guevara, tradução de Nuno Júdice


20 JANEIRO a 12 FEVEREIRO, 2023 | SALA PRINCIPAL

qui a sáb às 21h00
qua e dom às 16h00

Duração: 1h30 | M/12

Tradução Nuno Júdice
Adaptação José Gabriel Antuñano
Cenografia José Manuel Castanheira
Figurinos Ana Paula Rocha
Desenho de luz Guilherme Frazão
Voz e elocução Luís Madureira
Apoio ao movimento Cláudia Nóvoa
Intérpretes Ana Cris, David Pereira Bastos,  Erica Rodrigues, João Cabral, João Farraia, Leonor Alecrim, Maria Frade, Pedro Walter e as crianças Afonso Gonçalves, Íris Antunes
Assistente de encenação Paulo Mendes
Assistente de figurinos Carolina Furtado
Estagiário de cenografia Filipe Fernandes
Confecção de guarda-roupa Iza Van Atelier
Jóias Sílvia Teles
Direcção de montagem: Guilherme Frazão
Montagem André Oliveira, Bento da Silva, Carlos Janeiro, Daniel Polho, Paulo Horta, Paulo Mosqueteiro
Maquinaria Bento da Silva
Operação de luz e som André Oliveira
Fotografia Rui Carlos Mateus

Apoio:


Companhia de Teatro de Almada e Compañia Nacional de Teatro Clásico

 

 


Conversas com o público

21 e 28 Janeiro | 04 e 11 Fevereiro – sábados às 18h00

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