PAOLO PAOLI

de Arthur Adamov | encenação de Joaquim Benite

26 MARÇO a 20 ABRIL | SALA PRINCIPAL

PAOLO PAOLIJá não consigo gostar das peças (minhas ou de outros) que não se passam em parte nenhuma, escrevia Adamov em 1958, a propósito da estreia de Paolo Paoli. Dizia-se consciente da necessidade para o autor dramático de acabar com a exploração do meio-sonho e do velho conflito familiar… de sair do no man’s land pseudo-poético e de ousar chamar as coisas pelo seu nome.

Paolo Paoli situa-se na França da Belle Époque, nos anos que antecederam a Grande Guerra de 1914-18. Um pequeno-burguês anarquisante, comerciante de borboletas, um rico comerciante de plumas para chapéus, franco-mação anticlerical , e um abade monarquista e conservador, são as três personagens à volta das quais se desenvolve a acção. A guerra vista por um prisma diferente: o dos grandes negócios das pequenas coisas supérfluas. Arthur Adamov, de nacionalidade russa (19081970), Eugene Ionesco, romeno, e Samuel Beckett, irlandês, constituíram o trio de referência do chamado “Teatro do Absurdo” nascido na França dos anos 50 do século XX. Adamov desligou-se desta corrente, influenciado, designadamente pelo teatro de Brecht. Paolo Paoli é a peça que, na produção dramatúrgica do autor, assinala essa ruptura.

Tradução Helena Barbas
Figurinos Sónia Benite
Assistente de Encenação André Calado
Direcção de cena Maria Frade
Cenografia Manuel Graça Dias e Egas José Vieira
Luz José Carlos Nascimento
Intérpretes André Gomes, André Louro, Cátia RibeiroFrancisco Costa, Maria Frade, Marques D’AredeTeresa Gafeira

SALA PRINCIPAL
26 MARÇO a 20 ABRIL
de quarta a sábado às 21.30h
domingos às 16.00h

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