AS CARTAS RIDÍCULAS DO SR. FERNANDO …

a partir de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz 

22 a 25 OUTUBRO, 2014 | SALA EXPERIMENTAL

Meu querido amorzinho: hoje tenho tido imenso que fazer : assim começa uma das cartas de Fernando Pessoa a Ofélia Queiroz. Na correspondência entre ambos há quem julgue vislumbrar um lado desconhecido do poeta – um relance de uma suposta “verdade”. As cartas ridículas do Sr. Fernando e os suspiros líricos da menina Ofélia assenta precisamente na suposição inversa. À dramatização da célebre correspondência, acrescenta-se a de outros textos, de Pessoa e do encenador do espectáculo. A dramatização decorre de uma leitura das cartas como se de uma troca assimétrica se tratasse: Pessoa sabe o que está a fazer, e vive os diálogos com Ofélia sobretudo como uma experiência que serve a sua produção poética, ao passo que Ofélia encara o romance irreflectidamente, como se de um desígnio do destino se tratasse.

A Companhia de Teatro do Algarve – ACTA , fundada em 1995, dirigida desde 1999 por Luís Vicente, tem, desde o início da sua actividade, levado à cena textos de dramaturgos como Gil Vicente, Manuel Teixeira Gomes, Edward Albee, Albert Camus, Nicolai Gogol, Sófocles, Shakespeare, Victor Haïm, José Saramago, Dario Fo/Franca Rame, entre outros. Nos últimos anos, tem desenvolvido igualmente diversos projectos operáticos, em colaboração com a Orquestra do Algarve: obras de Stravinski, Mozart, Offenbach e Ethel Smith. Criou ainda o projecto Teatro para a educação, distinguido em 2010 com o Prémio Gulbenkian – Educação.

dramaturgia e encenação de Paulo Moreira
Intérpretes Bruno Martins e Tânia da Silva
Música Carlos Paredes
Desenho e Operação de Luz Octávio Oliveira
Espaço Cénico Luís Vicente
Concepção Cenográfica Tó Quintas
Direcção Artística e de Produção Luís Vicente

SALA EXPERIMENTAL | 22 a 25 OUTUBRO
TEATRO | Duração: 1h10 | M/12

Acta – A Companhia De Teatro Do Algarve (Faro)

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